Galeão espanhol disparando seu canhão. Esta imagem faz parte da obra A Naval Encounter
between Dutch and Spanish Warships, de Cornelis Verbeeck, datada entre 1618 e 1620.
Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em 18/07/22.
Palavras do Editor
Com muita alegria e satisfação, registro o meu sincero agradecimento à Doutora Carolina da Cunha Rocha, minha ex-aluna do Curso de História da Universidade de Brasília, por sua valiosa colaboração enviada a este site.
Carolina apresenta aos nossos leitores uma reflexão, consistente e bem fundamentada, em torno de uma fonte histórica cujo tema é relevante e pouco discutido em sala de aula: a rota marítima do Pacífico entre a Ásia e a América – ou mais precisamente, entre Manila nas Filipinas e Acapulco no México.
Esta rota, frequentada pelos galeões espanhóis entre 1565 e 1815, foi responsável pelo transporte de riquezas imensuráveis como especiarias exóticas (canela, cravo, mácide, pimenta do reino), pedras preciosas, peças de tela de algodão da Índia, almofadas da Pérsia, perfumes, joalheria, medicamentos, barras de ouro e porcelanas da China, peças de seda e por último, mas, não menos importante, um enorme contingente de escravos, principalmente filipinos. No seu retorno, os galeões levavam prata como meio de aquisição de novas remessas destas mercadorias para a próxima viagem.
Uma parte destes produtos de luxo abastecia a nobreza da corte do Vice-reino da Nova Espanha. Todavia, o circuito incluía o envio da maior parte destas mercadorias para a Espanha pela frota das Índias, além do ouro, prata e outros gêneros extraídos das colônias americanas.
Recepção do Galeão de Manila pelos Chamorro nas Ilhas Ladrones, autor desconhecido, cerca de 1590. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 18/07/2022.
A rota entre a Ásia e a América, nos dois sentidos do percurso, despertava a cobiça de piratas e corsários de nações inimigas, pelo volume das riquezas transportadas. Contudo, os galeões navegavam com segurança. Ressalvando suas limitações, creio não ser exagero afirmar que, apesar da sua baixa velocidade, o galeão era uma espécie de fortaleza sobre as águas.
Quanto à ação dos homens, há de se levar em conta a presença de uma tripulação armada (cerca de 200 homens) e um significativo número de soldados profissionais. Os passageiros, em sua grande maioria comerciantes, também portavam armas para defender os seus bens. Por outro lado, tendo a popa e a proa elevadas, os galeões ofereciam aos atiradores excelentes condições de ataque. A existência de até 60 canhões e grandes lâminas em forma de semicírculos acopladas aos extremos das vergas de madeira em torno da nave, com o objetivo de cortar as velas e o cordame da embarcação inimiga, reforçavam a segurança.
Com duração de aproximadamente seis meses, a travessia poderia durar até oito, dependendo das condições do oceano e do regime dos ventos. Daí a grande incidência de enfermidades e mortes durante o percurso.
A viagem era difícil e perigosa. Mas, também, muito lucrativa. E, no caso concreto da fonte examinada, Gemelli Carreri, em razão da sua experiência de viajante e escritor, apresentou um relato valioso para a reflexão do historiador.
O documento
Entre 1694 e 1698, o viajante napolitano Giovanni Francesco Gemelli Carreri (1651-1725) fez uma volta ao mundo que resultou em uma publicação em seis volumes, lançada entre os anos de 1699 e 1700, titulada Giro del Mondo. O Libro Terzo, do quinto tomo, reúne sua experiência a bordo do galeão Manila, quando realizou uma viagem das Filipinas para Acapulco, sendo esta a parte de onde foram extraídos os excertos considerados mais significativos para análise de fonte primária proposta neste trabalho.
O texto foi traduzido pela primeira vez ao espanhol para o dossiê especial Los trabajos y los días en el galeón de Manila: El relato de Gemelli Carreri, da revista Anuario de Estudios Americanos, v. 69, edição 1, 2012. O trabalho de tradução do italiano ao espanhol feito por Catia Brilli, resultado no documento intitulado A bordo del Galeón de Manila: la travesía de Gemelli Carreri. O livro Giro del Mondo teve cinco edições até 1727, além disso contou com edições traduzidas para o inglês e para o francês, alcançando grande êxito enquanto o autor ainda estava vivo.
Muitos contemporâneos acusaram o viajante de ter copiado relatos de outros aventureiros que haviam feito viagens anteriores à sua. Carreri afirmou que sua obra estava cheia de empréstimos feitos a outros autores, que ele reconhecia ter lido várias crônicas e relatos sobre as regiões que iria conhecer antes de viajar e que não era um descobridor propriamente dito, mas que de algum modo descobria diversas regiões para seus leitores (ALBERT, 2012, p. 243). Apesar dessas controvérsias, não cabe dúvidas de que Carreri realizou tal viagem e que grande parte dos seus escritos é original, além do que suas narrativas buscaram suprir a grande demanda por informações de uma Europa sedenta por descrições e detalhes dos lugares mais inóspitos do planeta naquele período.
O autor
Pouco se sabe exatamente sobre as origens de Carreri. A maior parte das fontes historiográficas parece concordar que o viajante estudou com jesuítas e se graduou em direito na cidade de Nápoles.
Segundo Salvador Bernabéu Alberto, é possível que Carreri tenha contado com patrimônio herdado ou com apoio de algum protetor na sua formação. O autor ressalta ainda que tal fortuna teria desaparecido cedo, levando o advogado a exercer sua profissão em diversas cidades do reino de Nápoles a partir dos seus vinte anos (ALBERT, 2012, p. 236).
Essa peregrinação por diversas cidades napolitanas provavelmente o conduziu a exercer seu trabalho e negócios ainda mais longe. E sua origem napolitana talvez explique a razão pela qual tenha entrado com tanta facilidade nos domínios espanhóis na Ásia e América durante sua volta ao mundo, uma vez que o reino de Nápoles foi incluído por questões sucessórias como parte do império espanhol até 1707.
Imagem de Gemelli Carreri, autor desconhecido, sem data. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em 18/07/22.
Antes de fazer sua viagem mais conhecida, que seria a sua volta ao mundo a meados da década de 1690, Carreri já havia escrito dois livros de viagens contando suas peripécias que foram Viaggi per Europa (1693) e La Campagna d’Ungheria (1689). Estes textos permitiram conhecer mais profundamente sua personalidade e suas primeiras aventuras em solo europeu, especialmente na Alemanha, Espanha, França e Hungria.
Esses livros ofereceram pistas sobre sua mais importante aventura. Possivelmente frustrado com questões profissionais relacionadas à sua carreira de jurista e encontrado dificuldade de ascensão social na administração real, Carreri suspendeu seus trabalhos como advogado e partiu em uma viagem de cinco anos ao redor do mundo, aventura que culminou na sua obra mais conhecida Giro del Mondo. No entanto, esta talvez não tenha sido a única causa da viagem, pois desde seu primeiro livro, Carreri afirmava que a curiosidade era o principal motivo de visitar outras cidades e recorrer a novas paisagens.
A sua viagem de circum-navegação ao redor do globo permitiu ao napolitano conhecer diferentes cidades entre Ásia e América. Sua aventura iniciou com uma visita ao Egito, Constantinopla e Jerusalém. Depois de cruzar Armênia e Pérsia, ele visitou o sul da Índia e adentrou na China, onde foi confundido como um espião do papa pelos missionários jesuítas que lá estavam. É possível que esse mal-entendido tenha contribuído para sua boa recepção naquele país, lugar onde conheceu o imperador de Beijing, assistiu ao festival das lanternas e passeou pelas ruínas da Grande Muralha. De Macau, Carreri passou a Manila, lugar de onde partiu para o México.
Em território mexicano, Carreri fez amizade com dom Carlos de Siguenza y Góngora (1645-1700), importante intelectual novo-hispano, quem o levou a conhecer as ruínas de Teotihuacán e Puebla de los Ángeles. De Veracruz, Carreri partiu em um navio espanhol rumo à Cuba até chegar à Espanha, onde terminou seu périplo de aventuras intercontinentais.
Para muitos historiadores, seu relato sobre a viagem realizada entre as Filipinas e o porto de Acapulco, na Nova Espanha, é considero uma das narrativas de viagens mais importantes sobre o comércio, a geografia, a política e o cotidiano da vida no mar a bordo do famoso galeão de Manila (também conhecido como nau de China ou galeão de Acapulco), nome dado aos navios que faziam a rota comercial entre Ásia e América por meio do oceano Pacífico entre 1565 e 1815.
O contexto histórico
A conquista do Pacífico representou um momento chave para a geopolítica do período, sendo o encontro de uma rota mais curta para a Ásia algo ambicionado pelas primeiras nações conquistadoras, que buscavam acesso mais facilitado às especiarias orientais e, com isso, expandir seus comércios e territórios.
Por um lado, o império português foi o responsável pelas primeiras e mais bem-sucedidas explorações no oceano Índico ocidental entre 1500 e 1509, alcançando depois no Índico oriental os portos do Golfo de Bengala e de Sião (1511), as ilhas Molucas e Banda (1512) e a China (1513). Por outro lado, o império espanhol iniciava em 1519, sob o comando do português Fernão de Magalhães (1480-1521), a primeira viagem de circum-navegação, chegando ao arquipélago indonésio, passando antes pelo sul do continente americano, pelo estreito que hoje leva o seu nome, alcançando assim Molucas e Filipinas (1521) (BOXER, 1953, p. 20).
Além disso, a conquista de Hernán Cortés (1485-1547) do território mexicano em 1519 garantiu à Espanha domínio sobre um território que seria fundamental para a expansão comercial e religiosa no oceano Pacífico, uma vez que atuaria como a rota mais curta para a chegada à Ásia. É preciso relembrar, porém, que se passaram mais de 40 anos até que os espanhóis conseguissem realizar uma viagem de ida e volta bem-sucedida entre as Filipinas e a Nova Espanha. Isto se deu somente graças a acordos com navegadores portugueses que já haviam encontrado a rota antes, permitindo a passagem da frota espanhola por territórios conquistados por Portugal (BOXER, 1953, p. 20).
A chegada dos portugueses ao Japão em 1543 e a divulgação de relatos que afirmavam terem os exploradores encontrado minerais preciosos naquele arquipélago contribuíram para o acirrar de disputas territoriais na região, impulsionando ainda mais a disputa político-militar do espaço. Em 1564, o Conselho Real e Supremo de Castela decidiu incrementar a conquista do Japão, considerando que este não era da jurisdição portuguesa. Foi expedida, então, ordem para uma nova expedição às Filipinas, como meio de chegar às terras japonesas. Miguel Lopéz Legaspi (1503-1572) e o piloto Andrés de Urdaneta (1508-1568) conseguiram fazer a viagem ao arquipélago, assim como conseguiram estabelecer a rota de regresso em 1565, navegando pelas costas de Taiwan, as Ilhas Ryukyu, passando por Kyushu, conseguindo guiar a direção para leste, chegando a Acapulco.
Rota Manila-Acapulco feita por Miguel Lopéz Legaspi e Andrés de Urdaneta em 1565, saindo das Índias Orientais Espanholas (Filipinas) para a Nova Espanha (México), autor desconhecido, sem data. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em 18/07/22.
Esse feito representou um grande avanço na conquista espanhola no Pacífico, pois as Filipinas atuaram como ponto geoestratégico fundamental no Oriente, funcionando como uma base intermediária para o fluxo de mercadorias que vinham da Índia Oriental, Japão e China. No entanto, o acesso ao arquipélago só seria possível indiretamente através do vice-reinado da Nova Espanha, para o qual o comércio realizado através do galeão de Manila seria fundamental.
Posteriormente, a União Ibérica coincidiu com o período em que o Pacífico experimentou a sua primeira fase de crescimento comercial (1580-1620). Outros fatores também explicam esse pico comercial na zona: o boom na produção das minas de prata em Potosí e a grande interação entre os eixos Nova Espanha, Peru e Ásia, devido à permissão da coroa espanhola para a livre circulação de mercadorias asiáticas e prata entre suas colônias. Tais fatores permitiram a intensificação do comércio entre as colônias espanholas, o qual passou a ser realizado mais diretamente pelos agentes que atuavam nas Américas do que por aqueles que vinham das metrópoles europeias (BONIALIAN, 2012, p. 450).
Nesse sentido, a rota transpacífica foi tanto um lugar de disputas coloniais quanto um espaço de articulação e interação entre as colônias. Uma base geográfica onde novos e antigos saberes, práticas e epistemologias se entrelaçavam, atuando como um território importante no estudo do fenômeno da globalização e seus atores.
A importância da fonte primária
A relevância da análise desta fonte primária reside exatamente no seu recorte espacial e temporal. O seu estudo permite entender aspectos pouco conhecidos da conquista ibérica na Ásia, especialmente no que se refere à China, ao Japão e às Filipinas, durante os séculos XVI e XVII.
Carreri foi uma espécie de mediador cultural. Em outras palavras, um passeur culturel – termo cunhado pelo historiador francês Serge Gruzinski para identificar personagens que atuaram como agentes da rota e que contribuíram ativamente para a construção de um imaginário geográfico sobre o Pacífico (GODOY; SALAZAR-SOLER, 2005).
O estudioso resume a ideia de passeurs culturels àqueles agentes de mobilização que circularam em diferentes continentes e atuaram como protagonistas de encontros e confrontos culturais e cujas ações produziram algum tipo de efeito nessa globalização (GODOY; SALAZAR-SOLER, 2005, p. 14.). Ou seja, o Pacífico era um lugar onde os povos nativos encontraram burocratas dos reinos, mercadores, militares, religiosos, marinheiros, aventureiros e peregrinos de todos os tipos, em um fluxo migratório sem precedentes, surgindo como um cenário importante para o estudo do fenômeno da mundialização.
As descrições de Carreri feitas a bordo do galeão de Manila, no próprio momento da experiência, surgem como testemunho privilegiado sobre o percurso da rota transpacífica, permitindo aos pesquisadores e pesquisadoras vislumbrarem tanto o cotidiano da vida no mar, o encanto presente na arte de viajar, como também os aspectos socioeconômicos, as condições de trabalho e os interesses que moviam homens e nações às aventuras marítimas.
Além disso, seu relato surge como fonte documental relevante no entendimento da importância de novas rotas comerciais, como é o caso do eixo Acapulco-Manila. Nesse sentido, é impossível por meio de seu relato não tratar o galeão de Manila como protagonista deste percurso.
Entre 1670 e 1740, as oligarquias da Nova Espanha detinham maior poder de influência comercial neste eixo. Articulavam um sistema complexo que permitia a conexão dos movimentos dos portos localizados no Atlântico e no Pacífico. A Cidade do México tornou-se uma centralidade política e econômica dentro daquela rota, sendo entendida pelos historiadores Peter Gordon e Juan José Morales como a primeira cidade verdadeiramente global do período (ZIBELL, 2022).
Nesta linha de raciocínio, a nau da China conectou uma rede transcontinental entre a China, as Filipinas e a Nova Espanha, funcionando como uma ferramenta de globalização em um Pacífico de orientação hispano-americana, em contraposição a um Atlântico de orientação europeia. Dessa forma, o relato de um mediador cultural sobre sua experiência neste percurso torna-se uma história privilegiada sobre as condições de vida, a natureza e o imaginário de um percurso pouco estudado nos manuais básicos de História da América.
O texto de Carreri surpreende pela riqueza de detalhes com que retrata a vida no mar, o cotidiano da embarcação, as relações humanas estabelecidas dentro do barco, os desafios e as vivências por apresentar aspectos da espiritualidade e as manifestações culturais da tripulação, mas também por trazer informações, desenhos, esquemas e notas soltas que oferecem um contexto geral dos aspectos socioeconômicos, políticos, geográficos, ambientais e antropológicos da região.
Porto de Acapulco, Alejandro Ruffoni, 1628. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em 18/07/22.
Os excertos extraídos neste trabalho buscaram colocar em destaque aspectos relevantes para o debate em sala de aula, tais como:
Antropologia: primeiros contatos com os habitantes locais, descrição humana dos indivíduos contatados, aspectos etnográficos e eurocentrismo no relato.
Geografia e meio-ambiente: riqueza da fauna e flora, acidentes geográficos, topografia, clima, definição da paisagem.
Economia: interesses comerciais na região, cultivos encontrados e/ou estimulados, criações de animais, intercâmbios e permutas.
Política: ações militares, comerciais e religiosas na região, legislação aplicada, orçamento e finanças, obras de arquitetura e benfeitorias, estratégias de conquista.
Cotidiano e sociabilidades: festas, religiosidade, nutrição, diversões, superstições e crenças, intercâmbios culturais, divisão de classe dentro da tripulação.
Ato de viajar em si: quais eram os interesses em aventurar-se ao mar, percepções da vida cotidiana, uso da linguagem náutica, expectativas da viagem, medos e oportunidades encontrados na vida marítima.
Desta maneira, o documento produzido pelo viajante napolitano – rico em detalhes das aventuras e desventuras presentes na rota transpacífica – oferece, como se em primeira mão fosse, o relato de uma testemunha privilegiada que transcendeu espaços e cronologias para contar a trajetória única de uma tripulação e um navio que conectava não apenas Oriente com Ocidente, mas América à Ásia, além de povos, histórias, objetos culturais, ideias e mercadorias que deram novo significado à noção de globalização.
Ao adicionar o componente americano na rota da mundialização comercial com o Pacífico, integrando um novo eixo que ia mais além das trocas diretas entre Europa e Ásia, o documento contribui para o entendimento da complexidade dos intercâmbios comerciais e humanos ocorridos em solo americano no período de expansão das coroas ibéricas, atuando como instrumento relevante dentre as narrativas de viagem produzidas no período.
Referências bibliográficas
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BONIALIAN, Mariano. El Pacífico hispanoamericano – política y comercio asiático en el imperio español (1680-1784). Ciudad de México: El Colegio de México, 2012.
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CARRERI, Gemelli. A bordo del Galéon de Manila – la travesía de Gemelli Carreri. In: Anuario de Estudios Americanos, v. 69, n. 1, Traducción de Catia Brilli, Sevilla: 2012, p. 277-317. https://estudiosamericanos.revistas.csic.es/index.php/estudiosamericanos/article/download/571/574/574
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______. A águia e o dragão. Ambições europeias e mundialização no século XVI. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
OBISPADO, Kristyl Natividad. “The Pacific Sailors: global workers at and on the edge of the spanish empire (1580s-1640s)”. Tese doutoral em História. Ciudad de Mexico: El Colegio de México, 2021.
SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
Para saber mais
RAMOS, Ana Paula. “A história dos japoneses escravizados pelos portugueses e vendidos pelo mundo mais de 400 anos atrás”. BBC News Brasil, 12/09/2020. In: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-54120476
ZIBELL, Matías. “A revolucionária rota que ligou América à Ásia por mais de dois séculos”. BBC News Brasil, 07/07/2022. In: https://www.bbc.com/portuguese/geral-62030931
Autora: Carolina da Cunha Rocha
Mais sobre a autora.
Como citar este post: ROCHA, Carolina da Cunha. A bordo do Galeão de Manila: a travessia de Gemelli Carreri. In: Histórias das Américas. Disponível em: https://historiasdasamericas.com/a-bordo-do-galeao-de-manila-a-travessia-de-gemelli-carreri/. Publicado em: 27/07/2022. Acesso: [informar a data de acesso].
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