
Henrique VII, Elizabeth de York, Henrique VIII e Jane Seymour, pintura de Remigius van Leemput.
Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 09/03/2021.
Esta sequência de quadros expõe elementos relevantes da conjuntura inglesa que possibilitaram a ascensão dos Tudor ao poder (1485), a trama que se desenrolou e o esfacelamento do poder desta dinastia (1603).
A oportunidade estava criada
O governo Tudor foi, efetivamente, o primeiro governo absolutista na Inglaterra, sendo responsável pela afirmação do poder real.
A maior parte da burguesia desejava um poder centralizado e forte, posto que as guerras prejudicavam, drasticamente, o comércio e as atividades produtivas. A seu turno, a nobreza poderia impor alguma resistência, não tivesse sido tão fortemente desarticulada pelos conflitos armados.
Religião e política na Inglaterra dos Tudor
A Igreja Católica e a nobreza eram os maiores obstáculos ao exercício do poder real; todavia, a Reforma Anglicana e a desarticulação da nobreza neutralizaram tais dificuldades.
A “modernização política” desenvolvida na Inglaterra, desvinculada da teologia e da moral, foi eficiente para o alcance do poder absoluto pelos reis.
A Dinastia Tudor e a literatura de Shakespeare
O dramaturgo Shakespeare, utilizou a memória política para escrever Macbeth e Ricardo III. No texto, ao destacar o distanciamento entre Ricardo III e Henrique VII, explicitou o quanto a Inglaterra é o resultado desta modernidade política. A despeito do apego shakespeariano à ordem e ao poder absoluto, o dramaturgo apregoou a sua repulsa às agitações sociais; mas, instalou nos seus escritos uma surpreendente modernidade.
Rupturas e alianças
Eduardo VI, de orientação calvinista, sucede o pai Henrique VIII, num curto reinado. É sucedido, então, por Maria I, a “sanguinária”, que, não teve herdeiros. Por fim, Elizabeth I, sua meia-irmã, ocupa o trono por quase 50 anos.
Os ingleses conviveram, por meio século, com surpreendentes mudanças nas orientações religiosas do país.
Em 1603, quando da ascensão da dinastia Stuart, a Inglaterra convivia com múltiplas denominações protestantes, alguns focos de resistência católica e a Igreja Anglicana, religião oficial.
Autor: Prof. Dr. Dinair Andrade da Silva
Elaborado com base em: “O modelo original: a Inglaterra”. In: KARNAL, Leandro et alii. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007, p. 31-37.
Como citar este post: SILVA, Dinair Andrade da. Quadro Esquemático – A Inglaterra da transição – O governo dos Tudor (1485-1603). In: Histórias das Américas. Disponível em: https://historiasdasamericas.com/a-inglaterra-da-transicao-o-governo-dos-tudor-1485-1603/. Publicado em: 09/03/2021. Acesso: [informar a data de acesso].
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