O primeiro Ação de Graças em Plymouth. Pintura feita por Jennie Augusta Brownscombe no ano de 1914.
Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 07/04/2021.

Trata-se de resenha do capítulo “O Início – O Admirável Mundo Novo”, contido no livro Estados Unidos: A Formação da Nação, de Leandro Karnal, elaborada por Elton Silva Pacheco, estudante de graduação em História da União Pioneira de Integração Social – UPIS.

Enquanto o estudante apresentou elementos de caráter geral relacionados ao contexto da colonização inglesa na América do Norte, coloca-se abaixo uma questão pontual bastante interessante sobre o assunto.

A bruxaria sempre esteve sob a vigilância do mundo cristão. Entre os católicos, o polêmico Malleus Maleficarum serviu, também, de inspiração aos inquisidores. A seu turno, entre os reformados, livros como As maravilhas do mundo invisível prestaram-se a serviço semelhante.

A ligação Estado-Igreja vinculou-se à questão de Salem

Não diferentemente do que ocorria na Europa, o mundo cristão colonial na América viveu a perseguição às bruxas. Os reformados tomaram consciência de que atravessaram o Atlântico trazendo não somente suas bíblias e boas intenções, como também suas ganâncias, ambições e libertinagens.

As pregações de pastores como Cotton Mather (1663-1728) objetivavam, dentre outros aspectos, um reavivamento dos fiéis no sentido de sua fidelidade ao governo teocrático.

O fenômeno de Salem, na Massachusetts colonial, assumiu enormes proporções. A cidade viveu uma espécie de histeria em massa em razão de um número crescente de acusações de enfeitiçamentos denunciados às autoridades.

Uma cidade à beira da loucura

O estudo deste fenômeno social permite algumas interpretações. Uma tensão enorme nas comunidades que estavam surgindo na América Inglesa. Somado a isso, uma competição pelo poder entre as grandes famílias da sociedade por meio da religião. Inclui-se, ainda, conflitos entre indígenas e puritanos, além de acusações feitas por qualquer motivo de desavença entre vizinhos.

A cidade de Salem, daquele tempo, sintetizaria múltiplas contradições presentes nas colônias inglesas da América do Norte.

A consequência foi o rompimento de toda a possibilidade de controle. O preço que se pagou foi muito alto. Em torno de 200 pessoas foram presas. Cerca de 14 mulheres e 6 homens condenados à morte. Esta foi a resultante da teocracia puritana na memória colonial inglesa.

Autor: Elton Silva Pacheco
Mais sobre o autor.

Atividade desenvolvida durante o curso de História da América Colonial, do Departamento de História da União Pioneira de Integração Social – UPIS, no ano de 2020, sob a orientação do Prof. Dr. Dinair Andrade da Silva.

Como citar este post: PACHECO, Elton Silva. O Início: o admirável Mundo Novo – Resenha. União Pioneira de Integração Social – UPIS, Brasília, 2020. In: Histórias das Américas. Disponível em: https://historiasdasamericas.com/o-inicio-o-admiravel-mundo-novo-resenha/. Publicado em: 13/04/2021. Acesso: [informar a data de acesso].