A Espanha da transição – O contexto da Reconquista

Batalha de Navas de Tolosa. Foi resultado de uma coligação dos reinos cristãos contra o califado de Almóada.
Foi travada em 1212 nas proximidades de Navas de Tolosa, Espanha. Fonte: Wikimedia Commons.
Acesso em: 17/01/2021.

Esta sequência de quadros trata aspectos das transformações políticas, econômicas e sociais ocorridas na Espanha a partir da segunda metade do século XV.

A formação da monarquia nacional espanhola no contexto da Reconquista

A Espanha no final dos 1400 deve ser situada no âmbito da passagem do feudalismo para o capitalismo.

Este amplo processo açambarca os múltiplos níveis da sociedade: produção, propriedade, segmentos sociais, poder, cultura, vida cotidiana etc. Neste contexto heterogêneo e diversificado, situa-se a expansão marítimo-comercial europeia, e, naturalmente, a espanhola.

Na Península Ibérica destaca-se a constância do espírito cruzadista, fruto da crise espiritual do final da Idade Média. No âmbito econômico, verifica-se a instauração do mercantilismo, caracterizado também pelo controle da economia pelo Estado.

A nobreza da reconquista aspira a ampliação de suas propriedades rurais e honrarias, além do alargamento da fronteira cristã.

Àquela altura, a despeito da pluralidade dos reinos cristãos, mencionam-se a existência de duas “Espanhas”: uma mediterrânea, protagonizada por Aragão e outra atlântica, sob a hegemonia castelhana. O declínio do protagonismo aragonês, habilita Castela, reino peninsular mais populoso, a assumir a liderança do movimento expansivo no Atlântico.