“Capitulaciones de Santa Fe” ou “Las Capitulaciones del Almirante don Cristóbal Colón”, 17 de abril de 1492

As Capitulações de Santa Fé como um contraponto à centralização do poder pelos Reis Católicos

A partir da união matrimonial entre Isabel de Castela e Fernando de Aragão (1469), o poder real castelhano começou a robustecer-se frente à nobreza.

Diversas providências foram tomadas no sentido de preservar e ampliar a centralização do poder monárquico. Criou-se a Santa Irmandade (1476), para a garantia da ordem; o Exército e a Justiça foram reestruturados e instalou-se o Tribunal do Santo Ofício (1478).

Além disso, foram tomadas medidas contra a nobreza, que culminaram com a destruição de alguns castelos feudais e a proibição das constantes guerras privadas entre nobres. Em 1482, foi declarada guerra contra o Reino de Granada, que terminou com a vitória castelhana em 1492.

A despeito destas e de outras providências neste sentido, um navegante estrangeiro, por meio das Capitulações que lhe foram outorgadas pelos Reis Católicos, provocaria um autêntico retrocesso no quadro político-institucional hispânico.

As Capitulações de Santa Fé e a viagem de Colombo

Trata-se de um acordo firmado entre a Coroa Espanhola e Cristóvão Colombo em razão de sua viagem às Índias. O documento foi assinado pelo viajante-explorador e pelos monarcas Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela em Santa Fé, em 17 de abril de 1492. Seus capítulos estabelecem e definem as condições em que Colombo realizaria a sua primeira viagem.

Para que o estudante tenha uma ideia do manuscrito de onde Rafael Conde y Delgado de Molina efetuou a transcrição posta acima, reproduziu-se o documento a partir da cópia existente no Archivo de la Corona de Aragón, Espanha, já que não mais existe o manuscrito original.