La mala hora - García Márquez

Detalhe da capa do livro La mala hora, Edição Rotativa, Barcelona, 1974. Fonte: arquivo pessoal.

Esta sequência de posts avança com o exame e a discussão do romance de García Márquez, intitulado La mala hora. Convido você a visualizar e sentir como o Autor percebeu a América Latina, por meio deste seu trabalho magistral.

A análise do romance será dividida em duas partes. Na primeira, foram considerados aspectos de natureza mais geral como a semelhança entre a cidade de Sucre, de então, e Macondo, a posição do Autor diante desta obra, as fortes tensões políticas presentes no Estado colombiano entre os anos de 1940 e 1950, a formação de uma espécie de consciência coletiva a propósito do medo e da violência e, finalmente, uma breve caracterização dos principais personagens.

Na segunda parte, o post tem como objetivo o aprofundamento da análise. Pontos fundamentais serão examinados, entre eles: as linhas estruturais do romance, uma questão particular referente a alterações de linguagem – sem a permissão do Autor – ao se publicar a primeira edição do romance, uma sequência de referências intertextuais entre este e outros trabalhos do Autor, considerações em torno do privado e do público na obra, o ponto de vista de García Márquez sobre como a violência é tratada na produção literária colombiana e, para finalizar, algumas reflexões sobre La mala hora como fonte histórica.

A produção de La mala hora

Até aqui examinei os dois primeiros romances de García Márquez: La Hojarasca e El coronel no tiene quien le escriba. Na sequência, fiz um estudo da coletânea de contos intitulada Los funerales de la Mamá Grande. Nesta oportunidade, com alegria e enorme interesse, tenho diante de mim para análise, o terceiro romance do Autor, que tem como título La mala hora.

Originariamente, este romance seria chamado: Esa ciudad de mierda. Mas García Márquez mudou de ideia. Na tradução para o português, La mala hora recebeu um subtítulo: A má hora: o veneno da madrugada.

Este romance foi escrito com o propósito de ser um trabalho mais alargado e, ao mesmo tempo, bem mais lapidado que os textos anteriores. Nesta linha de raciocínio, estava interessado em explorar a relação entre o espaço público e o privado, bem como trabalhar a questão da violência de maneira mais visível.

Após o Bogotazo (1948), o Autor retornou à costa, e, em Cartagena, foi aprendiz de jornalista até cerca de 1949. Nos primeiros anos da década de 1950, fixou-se em Barranquilla de onde retornou a Bogotá, como um repórter bem-sucedido por volta de 1953.

A produção do texto de La mala hora teve o seu começo em 1956, em Paris, no período em que, concomitantemente, escrevia El coronel no tiene quien le escriba. Na compreensão de García Márquez, este seria o seu grande trabalho literário. Por esta razão, a redação daquele foi, naturalmente, interrompida, postergada…

Similaridades entre Sucre e Macondo

Uma parte dos estudiosos da obra literária de García Márquez associa a concepção deste romance aos tempos em que o Autor viveu em Sucre, localizado ao norte da Colômbia. Na verdade, ele viveu seus primeiros vinte anos no Caribe colombiano. Entre 1938 e 1946, estudante antes de ingressar na Universidade, residiu em Barranquilla, Sucre e Zipaquirá.

À época em que escreveu este romance, Sucre era, na verdade, uma cidade muito pequena, um povoado. Com certeza, a fonte de inspiração para a construção de Macondo, posto ser possuidor de todas as suas mazelas, como as inundações periódicas, a escassez de bens materiais, os desvios morais, a aflição, a ansiedade… e mais.

O Macondo evocado em La mala hora é arquitetonicamente Sucre. Seus aspectos topográficos e hidrográficos oferecem ao desenhista a possibilidade de reconstituir o local onde García Márquez residiu algum tempo na sua adolescência. O Autor enfatizou no seu texto o regime do rio com suas cheias e as consequentes inundações.

No decorrer do tempo, além de La mala hora, esta inspiração o orientou e se projetou em diversos escritos como El coronel no tiene quien le escriba e Crónica de una muerte anunciada.

Como Sucre, Aracataca era também um povoado. Lá, enquanto criança, viveu com o seu avô, o coronel que ele tanto amava. Em Sucre, adolescente, viveu com seu pai, e vivenciou estarrecido cenas de violência explícita.

García Márquez e La mala hora

Sabe-se que La mala hora não foi o romance preferido pelo Autor. Tão pouco foi a obra celebrada pela crítica. A despeito dos seus irretocáveis méritos, quanto à técnica e o seu valor cinematográfico, o trabalho possui uma trama um tanto quanto complicada.

Por sugestão de seus amigos Guillermo Angulo e Álvaro Mutis, García Márquez, em setembro de 1961, inscreveu La mala hora, ainda inédito, no Prêmio Literário Anual da Colômbia, patrocinado então pela Esso, nome comercial da empresa norte-americana ExxonMobil Corporation e de suas empresas relacionadas.

O Autor venceu o certame de acordo com o julgamento proferido pela Academia da Colômbia, em nome do patrocinador. Todavia, o padre Félix Restrepo, presidente da Instituição – excessivamente preocupado com a moral e a pureza do idioma – solicitou ao vencedor a retirada das palavras “masturbação” e “contraceptivo” do seu texto. Já com o valor do prêmio em seu poder – três mil dólares, García Márquez permitiu apenas a supressão da palavra
“masturbação”.

Nesta época, García Márquez já residia na Cidade do México, para onde havia fugido pouco antes. A quantia recebida proporcionou ao Autor uma provisória vida confortável, distinta dos apuros financeiros vividos até então.

Entretanto, duas décadas depois, confessou como deplorável a sua decisão de haver participado daquele evento literário, motivador do único arrependimento da sua vida de escritor.

Colômbia: uma conjuntura de violência generalizada

O país está localizado no extremo noroeste da América do Sul. É o único Estado do subcontinente, que possui o litoral debruçado sobre os oceanos Atlântico e Pacífico.

O século XX colombiano teve o seu início marcado por duas questões de grande relevância, vinculadas entre si, cujas repercussões se projetam até o tempo presente. De um lado, uma profunda crise política entre liberais e conservadores, que vai desembocar na Guerra dos Mil Dias (1899-1902). De outro, a secessão do Panamá (1903) profundamente vinculada à instabilidade política nacional.

A secessão do Panamá

Charge política sobre a secessão do Panamá feita para o New York Times. Artista desconhecido. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 28/01/2024.

No governo de Rafael Reyes (1904-1909), sob a égide da “Ordem e Progresso”, a Colômbia experimentou um período de relativa paz. Ocorreu uma nova expansão da cafeicultura e o surgimento das primeiras indústrias têxteis.

As décadas seguintes continuaram a testemunhar a instabilidade política e a violência. Para se ter uma ideia da realidade colombiana, até a alvorada dos anos 1920, o país era um dos mais isolados do continente. Basta para tanto, considerarmos três índices significativos: exportações, infraestrutura e inversão estrangeira. Todos eles de baixíssimo perfil.

No decorrer dos anos vinte do século passado, o incremento da produção cafeicultora promoveu um relativo crescimento da economia nacional. Todavia, com a crise de 1929, a Colômbia e os demais países do continente, experimentaram o início dos longos e difíceis tempos duros, que começam a se arrefecer quando dos preparativos para a Segunda Guerra Mundial.

Uma releitura da violência colombiana

A Guerra dos Mil Dias coincidiu com uma grave crise na cafeicultura, que afetou de modo dramático a sua produção a partir de 1897-1898. Teve como focos de irradiação da violência as províncias de Santander e Cundinamarca, produtoras de café, localizadas no centro-norte do país, separadas uma da outra pela estreita faixa de terra que constitui a província de Boyacá.

Na perspectiva da política e da economia, os constantes e incessantes embates entre liberais e conservadores debilitaram a Colômbia, contribuindo para a perda do território panamenho, istmo que separa o Mar das Caraíbas do Oceano Pacífico.

No âmbito social, as desordens endêmicas, conhecidas por “violências”, tomaram as zonas rurais numa intensidade avassaladora, projetando-se e se espalhando pelos núcleos urbanos. Estes embates transcenderam-se às disputas pelo poder para adentrar na estrutura profunda do Estado e do governo da hora.

No período em que ocorreu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os países da América Latina experimentaram, de forma desigual, uma expansão do comércio exterior. Entretanto, os anos que se seguiram ao final do conflito caracterizaram-se pela recessão econômica e o aumento do custo de vida e foram marcados por forte turbulência política e social tanto no campo, quanto nas cidades.

No cerne da violência está a corrupção. Prática em que estão envolvidas autoridades de todos os níveis da administração do Estado, numa rede de agentes que chega à capilaridade do poder nos mais remotos povoados como Macondo. Daí os crimes hediondos. Os assassinatos. A impunidade. A extorsão. A tortura. A dissimulação. A hipocrisia.

A consciência coletiva da violência e do medo de todas as coisas em La mala hora

A fala do barbeiro, enquanto cortava o cabelo do juiz Arcadio, posta já quase no final do romance, revela claramente o teor do conteúdo da narrativa. “Usted no sabe – dijo – [o barbeiro] lo que es levantarse todas las mañanas con la seguridad de que lo matarán a uno, y que pasen diez años sin que lo maten.” Este texto, tão significativo e simbólico e ao mesmo tempo tão concreto, revela o medo, a insegurança, o terror e a ansiedade dos personagens.

Na verdade, o sentimento da intranquilidade, o pânico e a sensação da ameaça constante que estão contidos na fala do barbeiro, cujo nome o Autor nem chegou a revelar, são os pilares sobre os quais todo o romance se alicerça. De um modo geral, este é o estado de espírito dos homens e das mulheres que viveram na América Latina da primeira metade do século XX.

Acredito que o pasquim, afixado na porta de algumas das casas do povoado, a cada madrugada, possa ser considerado como o personagem central do romance. Esta comunicação clandestina e anônima, não trazia nada novo na vida privada de algumas pessoas. Segundo Benjamín, o rábula ou provisionado, eram “un síntoma de descomposición social”. Todos os assuntos divulgados eram sussurrados à boca pequena, e do conhecimento de todos. Entretanto, os transgressores não gostariam e temiam ler a sua história no pasquim…

Vale ressaltar que conectada à praga do aparecimento dos pasquins, havia outra. Era a praga dos ratos na igreja e na casa paroquial contígua. A ideia que se tem é a de que, uma vez cessada a aparição dos pasquins, cessaria também a praga dos ratos.

Tratava-se, portanto, da generalização do medo. Os personagens do romance vivem amedrontados. Medo de tudo. Medo da morte. Medo de um pasquim injurioso posto à sua porta. Medo da noite. Medo do recrudescimento da guerra. Medo do vizinho. Medo da repressão política. Medo das autoridades. Medo da ação dos despossuídos. Medo da Igreja.

O medo é sentido sobretudo pela gente ordeira, trabalhadora e honesta. O sentimento da impunidade encoraja as autoridades corruptas, os grandes endinheirados e os lambe-botas dos ditadores. La mala hora é o romance onde a violência se manifesta permanentemente quase sempre de maneira sub-reptícia, reforçando o medo e consolidando a ansiedade.

Principais personagens do romance

Os personagens deste romance são, na sua quase totalidade, egressos dos contos produzidos por García Márquez. Na verdade, estes adquirem, às vezes, novos atributos e novas configurações. Alguns são revestidos de maior importância, enquanto outros são despidos de significados. Por esta razão é que os contos são considerados como exercícios de estilo, como oficina de experimentos para serem projetados nos romances ainda em estado de gestação.

Padre Ángel: Pároco do povoado. Homem de grande estatura, 61 anos de idade, olhos azuis, corado e sereno.

Trinidad: Paroquiana, voz de barítono, olhos negros. Prestava serviços à igreja e à casa paroquial contígua.

Pastor: Homem jovem. Compositor. Tocava clarinete. Pasquim afirmava que Rosario Montero dormia com ele. Foi assassinado por César Montero, marido de Rosario.

Margot Ramírez: Inspirou a última composição do Pastor com quem ia se casar, e não Rosario Montero, como se dizia.

César Montero: Homem corpulento, de mais de 50 anos. Enriqueceu-se com a extração de madeiras.

Rosario Montero: Mulher de César Montero. Jovem. Pequena estatura. Nariz comprido e agudo. Adorava a melodia do Pastor… E suspirou [“Me quedaré en tu sueño hasta la muerte.”]

Alcaide: Homem atormentado com um molar infeccionado. Violento. Corrupto.

Agentes de polícia: a quem o alcaide entregou César Montero [“Ustedes me responden por él”.] e seus pertences.

Octavio Giraldo: Médico. Convocado pelo alcaide para fazer a autópsia do Pastor.

Arcadio: Juiz. Alcoólatra. Gabava-se por fazer sexo com sua mulher todos os dias, três vezes cada noite. Intimado pelo alcaide a remover o corpo do Pastor.

Raquel Contreras: Um pasquim dizia que suas viagens deste ano não se destinavam ao tratamento dos dentes e sim para proceder o aborto que realizou.

Rebeca Asís: Mulher exuberante. Vítima de um pasquim.

Roberto Asís: Marido de Rebeca Asís. Queria surpreender o autor dos folhetos.

Rebeca Isabel Asís: Já frequentava a escola. O pasquim dizia que ela não era filha de Roberto.

Adalberto Asís: Também conheceu o desespero. “Se decía de él que había asesinado […] a un hombre que encontró acostado con su esposa, y que lo había enterrado clandestinamente en el patio. La verdad era distinta: […] había matado de un tiro de escopeta a un mico que sorprendió masturbándose en la viga del dormitorio, con los ojos fijos en su esposa, mientras ésta se cambiaba de ropa.” Pai de 7 filhos todos de porte avantajado e rudes. O mais velho Cristóbal Asís e o mais novo Roberto Asís.

Adalgisa Montoya: A mais velha das três senhoras católicas da sociedade, que foram falar com
o Padre Ángel sobre os pasquins.

Antonio Isabel del Santísimo Sacramento del Altar Castañeda y Montero: “quien informó al obispo que en su parroquia estaba cayendo una lluvia de pájaros muertos.” Neste sentido, disse o Padre Ángel: “Por lo pronto, no quiero llegar a viejo al frente de ninguna parroquia.”

Carmichael: Homem negro. Contabilista de Don Chepe Montiel. Era o administrador dos negócios da viúva de Montiel. O primeiro a sentir a sensação de desastre provocado pelas chuvas nas regiões baixas da cidade. Segundo os pasquins, dos seus onze filhos, somente os negros eram seus. E apresentava uma lista dos pais dos brancos, inclusive, Don Chepe.

Moisés, o sírio: Convidou Carmichael a se sentar em sua loja até que a chuva passasse.

Elias, o sírio: Saiu da sua loja com uma vassoura na mão ameaçando os garotos que, em brincadeira, arremessavam bolas de barro durante a inundação.

Viúva de Montiel: Segundo Carmichael, “Es la mujer más buena del mundo.” Ela “Vivía sola en la sombría casa de nueve cuartos donde murió la Mamá Grande, y que José Montiel había comprado sin suponer que su viuda tendría que sobrellevar en ella su soledad hasta la muerte”.

Don Chepe Montiel: Corrupto. Trapaceiro. Um dos homens mais ricos do povoado. Aquele que não quis comprar a gaiola para pássaros, feita por Baltazar. “Era rico desde mucho antes de que empezaran las vainas políticas – dijo el señor Carmichael.”

Barbeiro: Disse a Carmichael: “Lindo negocio: mi partido está en el poder, la policía amenaza de muerte a mis adversarios políticos, y yo les compro tierras y ganados al precio que yo mismo ponga.”

Aureliano Buendía: Coronel “que iba a convenir en Macondo los términos de la capitulación
de la última guerra civil.”

Don Sabas: Com a glicose em alta, era assistido pelo Dr. Giraldo. “ – Mucho cuidado, doctor, que no me quiero morir sin saber cómo termina esta novela. El doctor Giraldo echó una pastilla azul en la muestra. – ¿Cuál novela? – Los pasquines.” Disse-lhe Don Sabas.

Dentista: “ – Anestesia – dijo. Sus miradas se encontraron por primera vez. – Ustedes matan sin anestesia – dijo suavemente el dentista.” Em seguida continuou: “Deje de ser pendejo, teniente; con ese absceso no hay anestesia que valga.” Todos tinham conhecimento de “que el dentista había sido el único sentenciado a muerte que no abandonó su casa.”

Pessoal do circo: Chegou no porto trazendo o circo e as feras nas lanchas.

Empresário do circo: Trajava uma camisa xadrez preta, calças de montaria com polainas e um chicote que batia sistematicamente no joelho. Usava anéis com pedras coloridas em quase todos os dedos.

Don Roque: Proprietário do bar e do salão de bilhar.

Benjamín: Era uma espécie de rábula ou provisionado. Em outras épocas, escrevia memoriais. Vestia um linho imaculado. “Sin dientes, con sus hombros estrechos y sus miembros escuálidos, tenía algo de santo”.

Mina: Moça de cabelos de um negro intenso e de pele muito pálida. Artesã que confeccionava flores artificiais.

La ciega: Avó de Mina, que a proibia de permanecer por muito tempo na janela. Muito idosa. Extremamente pálida. […] “y sus ojos muertos parecían penetrar en el secreto de las cosas.”

Los pasquines: Segundo Benjamín, eles eram “un síntoma de descomposición social”.

Pepe Amador: Jovem de 20 anos. Rosto afilado, marcado pela varíola. Parecia tranquilo. Usava óculos. Tinha a posse de um panfleto clandestino, de oposição ao governo. Foi preso sob as ordens do Alcaide. Torturado até a morte.

La madre de Pepe Amador: Solicitou a Benjamín que escrevesse um memorial [uma defesa para Pepe Amador, encarcerado]. Disse o provisionado: “Usted sigue creyendo en memoriales. En estos tiempos – explicó bajando la voz – la justicia no se hace con papeles: se hace a tiros.” E concluiu: “Sé que es inútil – dijo. Pero lo voy hacer sólo para probarle a Dios que soy un hombre terco.”

Como proposto no início deste post, nesta primeira parte consideramos, para análise, elementos que envolveram a produção de La mala hora e algumas características gerais e técnicas deste romance.

Na segunda parte, iremos aprofundar o estudo de alguns aspectos, especialmente considerando a percepção de García Márquez sobre como o tema da violência é trabalhado na literatura colombiana e a possibilidade de examinar La mala hora como fonte histórica.

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Autor: Prof. Dr. Dinair Andrade da Silva

O texto deste post foi elaborado com base no conhecimento adquirido durante os cursos “Leer a Macondo: la obra de Gabriel García Márquez” e “Gabriel García Márquez entre el poder, la historia y el amor” ministrados por um conjunto de especialistas da Universidad de los Andes, com sede em Bogotá, no ano de 2022, e nas referências bibliográficas acima mencionadas.

Como citar este post: SILVA, Dinair Andrade da. Uma análise literária e histórica de La mala hora – Parte 1. In: Histórias das Américas. Disponível em: https://historiasdasamericas.com/uma-analise-literaria-e-historica-de-la-mala-hora-parte-1/. Publicado em: 30/01/2024. Acesso: [informar a data de acesso].

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